sábado, 22 de março de 2014

A MESQUINHEZ HUMANA


A mesquinhez humana não tem limites... A multidão clama pela desgraça alheia, senta-se na cadeira e se constitui “juiz” sobre a terra, árbitros de seus iguais, distribuindo sentenças maliciosas, desalmadas. É a turma do “deixa pegar fogo”, do “quanto pior melhor”! Desgraça maior é ver que tem muito “crente” escondido por trás desta fanfarra, gente que só ama em dia de domingo – a estranhos – que estabelece agenda para a bondade e horário para a misericórdia. No resto da semana eles não passam de simulacro, fazem estelionato da paz e contravenção do bem, tudo no palco das dissimulações. Jesus falou de gente assim... Disse que eles esmagam os quebrados da vida, trucidam quem já não tem forças para a defesa nem argumentos para “razões irrefutáveis”. São opositores imbatíveis, sentados em suas “torres” de empáfia sentem-se absolutamente inculpes. O Galileu também destacou os que apagam a pequena luz que ainda reluz na alma de gente miúda, os que se tornaram especialistas em lançar trevas sobre o coração dos que sucumbem em solidão e desespero. Para lhe ser franco, meu mano, tenho pavor desta moçada que fica aqui no Facebook fazendo apologia da religião, citando versículos e pousando de bacana, com a cara limpa e a vida suja, palavras bonitas e consciência cauterizada. Sim, tenho ojeriza de ditadores de aparências, escravos da imagem, viciados em estéticas existenciais, os quais, contudo, são esvaziados de conteúdos para o ser. Eles desprezam os pequeninos, exilando-os aos labirintos da culpa que não tem perdão. Para os tais, não tenho dúvidas, muito em breve está reservado o acerto de contas com Aquele que perdoa dívidas impagáveis, mas faz com que se pague até o último centavo a quem for implacável com seu semelhante, com os que estão se arrastando sob o chão pedregoso da vida. Carlos Moreira 

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