Já faz um tempo que aconselho e oro por pessoas com problemas conjugais e diante do caso que ficou conhecido em nível nacional (lamentavelmente) a respeito da traição do marido da ex-dançarina Sheila Carvalho, vejo nele uma oportunidade de extrair preciosas lições para a vida dos casais. Podemos observar que a Sheila agiu como uma mulher sábia. Suas palavras serenas, centradas, equilibradas e visivelmente repletas de amor surgem nesse contexto de problemas conjugais como um excelente exemplo para dar aqui a devida ênfase.
Sheila em uma entrevista disse: “Eu não sabia da exposição. O fato ocorrido aconteceu já há algum tempo. Eu já sabia e já havia conversado com meu marido. Não cabe à mídia saber. Nunca expus minha vida às pessoas. Já passamos por vários problemas e dificuldades”. Dizendo isso Sheila demonstrou todo o cuidado que teve para preservar o marido, ela e a filha do casal. Essa atitude de preservar o outro é AMOR! O cuidado em não expor coisa tal que só diz respeito aos dois, foi realmente uma atitude louvável da parte dela. Ela encobriu a transgressão do marido."O que encobre a transgressão adquire amor, mas o que traz o assunto à baila separa os maiores amigos" (Provérbios 17:9). Infelizmente, embora com todo o cuidado e discrição que tenha tido, a tal mulher com quem o marido da Sheila a traiu, veio a público trazer algo de FÓRUM ÍNTIMO, isto é, que não interessa a mais ninguém!!! E assim está expondo a vida pessoal da Sheila e sua família. E com que intenção, pergunto eu? No mínimo por "simples" maldade, para provocar, para agredir, para destruir uma família ou ainda se beneficiar da publicidade em torno do caso. Motivações maldosas, cruéis, sarcásticas, no mínimo, repito.
Sheila também afirmou: “Já perdoei faz tempo. Esse fato aconteceu antes de eu entrar na Fazenda. Aproveitaram desse momento que eu estava lá dentro para isso vir à tona. Fiquei muito chateada. Ofendeu a minha moral e a moral do meu marido." Vemos aí a capacidade de perdão da Sheila. O caso já havia sido resolvido a quem interessa, aos envolvidos: ela e o marido. Ela não expôs o cônjuge. Foi algo que já havia acontecido. Algo que diz respeito ao casal, mas que infelizmente veio a conhecimento público, não pela Sheila, mas pela "mulher estranha".
Portanto, amigo, amiga, se você está passando por problema similar ou vier a passar algum dia NÃO SAIA FALANDO PARA OS OUTROS. Guarde para si. Se precisar desabafar, confie a alguém muito íntimo, do qual você tem plena certeza da discrição, do caráter e do temor do Senhor. Se você tem um problema com seu marido ou com sua esposa, resolva com ele, com ela, entre quatro paredes. Se você fizer o contrário, eu lhe digo, estará só aumentando o sofrimento, não só do cônjuge ofensor, mas o seu próprio sofrimento e dos seus filhos. Preserve sua família. Aja com sabedoria. Se o outro não agiu, não pague com a mesma moeda ou ainda não use do erro do seu cônjuge como um motivo para você DIFAMÁ-LO. Isso é o que acontece muitas vezes. A pessoa traída fica tão ofendida, magoada, que perde o equilíbrio, o bom senso, as estribeiras, fica muitas vezes com o orgulho ferido e sai falando com quem não deve. Gente sem um pingo de discrição, sem misericórdia que munida da sua intimidade fará com ela um verdadeiro estardalhaço, comprometendo sua reputação, a do seu cônjuge e até arrasando com a vida dos seus filhos. O mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios" (Provérbios 20:19). Tudo isso podendo afetar a vida profissional, a vida escolar dos filhos, enfim, a vida social como um todo. Talvez a família terá que mudar de bairro, e conforme for até de cidade. A fofoca, a exposição da vida íntima pode ser tão grande e trazer resultados muito ruins! Cuidado, então em compartilhar sua intimidade com outras pessoas. Seja sábio e prudente. Mas se já compartilhou sua intimidade com alguém e este começou a difamar o seu cônjuge, Deus diz: Farei calar ao que difama o próximo às ocultas. Salmo 101:5 a
Portanto, ainda digo mais aos amados e amadas que leem estas linhas: se possível, não fale nem sequer com seus filhos! Proteja-os. Serão menos feridos na história. Feridas levam tempo para cicatrizar. Umas mais outras menos. Curam? Sim, pois o poder de Deus, a ação do Espírito Santo em nossas vidas fazem verdadeiros milagres no nosso coração machucado, mas não vale à pena. Se pode evitar sofrimento, então faça. Se tem em suas mãos a oportunidade de fazer o bem, não o retenha. Não deixes de fazer bem estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo. Provérbios 3:27 Tem coisas que são lícitas, mas será que convém? Que mal estará causando se contar aos seus filhos? Se pode preservá-los por amor, por que fará o contrário, por que deixará a sua ira, a sua mágoa afetarem-nos e trazer-lhes feridas para a alma? Prefira poupá-los. Estará fazendo o bem, se assim proceder.Evite falar até mesmo para seus pais, para sua parentela. Será menos gente para apontar o dedo, para atirar pedras e trazer ainda mais sofrimento e até mesmo minando as chances de reconciliação.
Diante da proporção da exposição da sua vida particular Sheila entrará na justiça contra a tal mulher. Afirmou ela querendo proteger mais uma vez o marido: Afetou o lado profissional do meu marido e isso não vai ficar impune”. É um direito que a assiste. Talvez, penso eu, vá lhe causar mais dor ainda, mais exposição, mas sua vida foi exposta de uma forma perniciosa e então ela decidiu ir por este caminho.
Sheila não denegriu a imagem do marido, não o acusou diante da mídia. É bem provável que o coração dela esteja ferido com esta história desenterrada, mas mesmo assim não economizou elogios a ele: “É um pai exemplar. Um marido que corre atrás, trabalha para caramba. Desde os noves anos (...) Nunca dependeu da mãe. Sempre correu atrás do trabalho dele. Nunca dependeu de mim. É um marido carinhoso e dedicado”, e encerrou dizendo mais uma vez com muita sabedoria: “O mais importante é o daqui para frente. Acredito na renovação da minha família, na recuperação da nossa força, da nossa união. O tempo vai dizer que estou certa. Eu perdoei, mas estou certa. Eu sei o marido que eu tenho (...) Quem pede perdão é forte e corajoso. Quem perdoa é forte e quem esquece é feliz”.
Citei o caso da Sheila, mas há muitos casos que os amados e amadas compartilham comigo e o proceder é semelhante ao dela. Eles encobrem as transgressões do cônjuge. Procedem discretamente, com sabedoria, por amor, para não expor o cônjuge, não fazê-lo perder a boa fama, não constrangê-lo, não atrapalhá-lo em sua vida profissional e social... "A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias" (Provérbios 19:11). São estes maridos ou esposas que foram traídos e trataram do problema apenas com o cônjuge ofensor, sem falar para terceiros, no máximo, compartilham sua vida privada unicamente comigo e comigo fica. Um proceder sensato e amoroso que evita maiores males do que o que já está enfrentando. O perdão e a misericórdia fazem bem a qualquer um. Felizes os misericordiosos. E a Sheila está certa. Feliz e forte é ela, apesar da dor!
"O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias" (Provérbios 21:23).
Nenhum comentário:
Postar um comentário