Este artigo abaixo fala sobre DORMIR COM RAIVA DO CÔNJUGE e foi extraído do site renatocardoso.com/blog. Quem o escreveu foi o próprio autor do blog, o Renato, que é marido da Cristiane e juntos apresentam o programa Love School (Escola do Amor) e são autores do livro CASAMENTO BLINDADO. Eu li o artigo e gostei muito. Também já dormi muitas vezes com raiva do meu esposo e o contrário também. E digo: isso não é boa coisa. Ah, não é mesmo! Só vai alimentando mais ainda a raiva. E pra falar a verdade: quem é que consegue dormir direito? Então quanto antes a gente puder resolver as coisas, melhor. Então procure se entender com seu cônjuge e não leve para o seu leito esse sentimento. Se entendam. Estejam abertos a pedir desculpas, a aceitar as desculpas...enfim, A RESOLVER A SITUAÇÃO. Bem, vamos ao artigo:
Um amigo perguntou ao outro qual o segredo de seus 52 anos de casamento. Ele respondeu:
— “Nunca vá dormir com raiva.”
— “Essa é uma grande filosofia,” comentou o primeiro.
— “Sim. E o nosso recorde de ficar acordado até agora é de cinco dias.”
Ah, a bendita raiva! Eu posso falar dela. Meu recorde era o
contrário: ir dormir com raiva. Não me lembro quantos dias seguidos fui
para a cama com raiva da Cristiane (ela deve lembrar melhor), mas foram
muitas vezes, por muitos anos.
O ciclo era assim: ela fazia algo que eu não gostava, normalmente sem
intenção. Uma palavra mal colocada, uma decisão sem me consultar, um
crítica ou cobrança. Uma sirene disparava dentro de mim. Em segundos,
meu corpo reagia. Uma queimação no peito, as mãos agitadas, a vontade de
subir pelas paredes. Mas eu não expressava aquilo ofensivamente. Ao
contrário, eu emudecia e fechava as portas. Nada mais iria sair de mim.
Nem palavras, nem carinho, nem amor, nem favor, nada.
E assim eu ficava por dias. “Ela vai ver só,” pensava. “Ela me paga.”
Na minha cabeça eu estava punindo a Cristiane. E realmente, meu
comportamento a castigava. Mas eu sentia a dor também. No fundo, eu odiava aquilo. Não queria fazer igual meu pai, a quem vi
fazendo isso várias vezes com minha mãe. Mas eu não conseguia me
controlar. Só depois de dias eu aos poucos ia voltando ao normal, até o
próximo episódio.
A raiva tem sido a razão de muitos relacionamentos destruídos. E o
homem normalmente tem mais dificuldade de lidar com ela. Alguns
implodem, como eu, outros explodem sobre suas esposas. Ambos igualmente
destroem a relação.
Como mudar isso?
Três coisas me ajudaram. Primeiro, reconheci que eu
tinha um problema. Antes pensava que era o meu jeito e nunca ia mudar.
Mas quando admiti que aquilo era um mal dentro de mim, então pude
decidir fazer algo a respeito.
Em seguida, passei a me conhecer melhor nesse aspecto. Comecei a me
notar mais: como o ciclo começava, quais as minhas reações típicas, que
tipos de pensamentos eu alimentava, quais emoções me dominavam. Pude
detectar as minhas falhas e assim antecipá-las nas próximas vezes.
Finalmente, decidi colocar minha inteligência no comando. Não
deixaria mais minhas emoções me controlarem. Não agiria mais por hábito.
Usando a cabeça, decidi quebrar o ciclo. Quando a Cristiane fazia algo
que me desagradava, passei a usar aquela sirene como um sinal de que eu
precisava falar com ela sobre o problema e resolvê-lo logo.
Instalamos a regra de “nunca ir dormir com raiva” em nosso casamento. Funcionou, e tem funcionado.Esses três passos podem lhe ajudar também. Eu ainda sinto raiva, pois
ela é inerente ao ser humano. Agora, porém, ela não me usa mais. Sou eu
quem tira vantagem dela.
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